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» Influência da obesidade sobre a concentração das adipocitocinas e a LDL(-) em adolescentes
Influência da obesidade sobre a concentração das adipocitocinas e a LDL(-) em adolescentes
Informações
Tipo:
Dissertação
Unidade da USP:
Faculdade de Saúde Pública (FSP)
Autor(es):
Ticiana Machado Sampaio
Orientador:
Damasceno, Nágila Raquel Teixeira
Data de Publicação:
2011
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Resumo
Introdução: O sobrepeso e a obesidade representam um grave problema de Saúde Pública, tendo seu desenvolvimento associado à adolescência, impacto negativo na fase adulta, sobretudo, devido suas complicações metabólicas. Considerando que o caráter crônico e inflamatório de baixa intensidade presente na obesidade estimula a geração de radicais livres, torna-se relevante avaliar a relação entre as adipocitocinas e a oxidação das lipoproteínas. Objetivos: Avaliar a possível influência da obesidade sobre a LDL(-) e adipocitocinas. Material e Métodos: Foram recrutados 156 adolescentes de ambos os sexos, com faixa etária de 10 a 19 anos e regularmente matriculados em escolas públicas da cidade de São Paulo. Os adolescentes foram distribuídos em três grupos: Eutrófico, Sobrepeso e Obeso, segundo COLE et al. (2000). Após jejum (12-15h) foi coletada uma amostra de sangue e a partir do plasma realizamos as seguintes análises: perfil lipídico, glicose e insulina (kits comerciais), LDL(-) e seus auto-anticorpos (ELISA), leptina, resistina e adiponectina (ELISA). O perfil sócio-econômico e clínico dos adolescentes foi investigado por meio de questionários estruturados. Foram coletadas informações antropométricas (peso, altura, circunferência da cintura, porcentagem de gordura) e dados de consumo alimentar (3 x R24h). O consumo alimentar foi estimado por meio do programa NutWin®. As diferenças entre as variáveis qualitativas foram determinadas pelo teste c2. As variáveis quantitativas foram ajustadas pela idade por meio do General Linear Model, sendo as diferenças entre os grupos estabelecidas pelo teste post-hoc de Bonferroni (SPSS®, versão 15.0). Resultados: Dos 156 adolescentes incluídos no estudo, 76 (48,7 por cento ) foram meninos e 80 (51,3 por cento ) meninas, com idade média de 14,5 ± 2,3 anos. Os adolescentes foram distribuídos em três grupos: Eutrófico (n = 52 adolescentes; 33,3 por cento ), Sobrepeso (n = 53 adolescentes; 34,0 por cento ) e Obeso (n = 51 adolescentes; 32,7 por cento ). Estes grupos foram pareados quanto ao sexo, escolaridade da mãe, renda, maturação sexual e antecedentes familiares de doenças. Como previsto pelo critério de estratificação dos grupos, os valores médios de IMC foram diferentes entre os grupos, sendo confirmados pela CC e porcentagem de gordura. Em relação ao hábito alimentar, a análise dos dados brutos e ajustados pela energia e variabilidade intrapessoal não apresentou diferença entre 4 os grupos. As análises da glicemia de jejum, colesterol total, triacilgliceróis e LDL-C não apresentaram diferenças entre os grupos. A insulina plasmática no grupo Obeso apresentou valores superiores aos grupos Eutrófico (p< 0,001) e Sobrepeso (p< 0,001), e o índice HOMA-IR no grupo Obeso apresentou valores superiores aos grupos Eutrófico (p< 0,001) e Sobrepeso (p< 0,001), enquanto o HDL-C apresentou valores maiores no grupo Eutrófico, quando comparado ao Obeso (p=0,012). A LDL(-) e seus autoanticorpos apresentaram diferentes concentrações entre os grupos (p= 0,040; p= 0,026, respectivamente). A leptina no grupo Eutrófico apresentou valores menores que os grupos Sobrepeso (p< 0,001) e Obeso (p< 0,001), assim como o grupo Sobrepeso apresentou valores inferiores ao grupo Obeso (p< 0,001). Perfil inverso foi observado em relação à concentração de adiponectina, A resistina apresentou valores maiores no grupo Obeso (p= 0,006), que no grupo Eutrófico. A leptina apresentou correlações positivas com percentual de gordura (r= 0,540; p= 0,001), circunferência da cintura (r= 0,679; p= 0,003) e IMC (r= 0,670; p< 0,001). Em relação ao metabolismo de carboidratos, a leptina se correlacionou positivamente com a insulina (r= 0,578; p< 0,001) e o HOMA-IR (r= 0,570; p= 0,001), enquanto a adiponectina se correlacionou negativamente com insulina (r= -0,255; p= 0,001) e o HOMA-IR (r= -0,246; p=0,002). Em relação ao perfil lipídico, a leptina correlacionou-se com colesterol total (r= 0,496; p= 0,003), triacilgliceróis (r= 0,409; p= 0,016) e LDL-C (r= 0,416; p= 0,014), assim como a adiponectina correlacionou-se com LDL(-) (r= -0,428; p= 0,012) e a resistina com HDL-C (r= -0,337; p= 0,050). Portanto, os resultados obtidos demonstram que adolescentes com excesso de peso, mesmo ainda considerados clinicamente saudáveis, apresentam diversos parâmetros antropométricos e bioquímicos alterados, que sugerem a presença de um elevado número de fatores de risco cardiometabólico nessa população.